Estive Pensando...


Que eu queria ser um lápis...
Que pudesse desenhar tudo de bom no mundo.
Imagina?
Se eu fosse um lápis, seria aquele com uma borracha na ponta... Pois apagaria todo o sofrimento mundano e traçaria uma linha única para todos os nossos problemas serem resolvidos de vez.
Não existiria mais fome, pois encheria os pratos dos famintos e eles nunca estariam vazios, assim as crianças cresceriam mais coradas e a mães teriam o leite do peito farto para amamentá-las. Os mendigos não existiriam mais, pois estariam tão saudáveis que mudariam de posição para buscarem um futuro melhor para si, deixando de mendigar o pão que agora teriam em suas mãos, a angústia e a tristeza cessariam.
Não existiria mais brigas, pois eu apagaria todo sentimento de ódio e rancor dos corações humanos e rabiscaria eles de afeto e solidariedade, assim ao invés de se odiarem, se ajudariam por simples prazer e amor ao próximo. Se um não quer, dois não brigam. Se ninguém quer, a paz reina soberana e firme.
Não existiria mais o ego e o orgulho, pois borraria esses defeitos do homem e mancharia suas almas de contemplação e ternura, assim contemplando a natureza e tendo a ternura pelos homens, a esperança de um mundo melhor viria em primeiro lugar e aqueles que matam e sacrificam vidas e o nosso planeta para subirem mais além, deixariam de bobagens e se interessariam no bem estar de todos. Quer satisfação melhor que ter um capital e saber utiliza-lo para um bem maior?
Não existiria o desespero nem o medo, pois esses seriam cobertos pelas cores da fé e da certeza de que Deus esta conosco, dentro de nós, em nós, e se há certeza disso, não há porque ter medo de nada. Deus é o nosso escudo, nossa morada e nossa trilha, e tendo algo assim tão forte com Ele em nossos passos, o medo e o desespero não significariam nada além de uma vaga lembrança de um passado monótono e sem sentido.
Não existiria a tristeza, pois eu desenharia tanto amor nas nossas faces, que não haveria mais espaço para ser triste, o amor preencheria todo o nosso ser e como sempre, o sutil adentra ao denso, mas o denso não adentra ao sutil e tudo seria pura paz e amor, literalmente. Ninguém sofreria por um amor não correspondido, pois todos se amariam igualmente. Ninguém choraria por ser rejeitado, pois todos seríamos aceitos na sociedade porque seríamos iguais de coração e de objetivos, se um todo desejar a mesma coisa, não existirá mais a exclusão social.
Não existiria o apego material, pois ninguém mais iria ligar para aquilo que tem dentro de casa. Que importa um carro da moda, um vestido caro ou um cômodo cheio de pecinhas de uma coleção importada, quando o que mais presaríamos seria a paz de Espírito?
Não existiria o abandono, pois todos teriam um lar feliz para viver, e tendo um lar feliz, saudáveis são os sentimentos que envolvem esse lar e todos aqueles que vivem nele. Se nenhum sentimento mal e ruim bate à sua porta, não há porque haver guerra dentro dos nossos lares. E não é apenas o lar da família em que moramos, mas o lar dentro de nós mesmos, porque o nosso coração também é uma morada, a morada dos nossos filhos, dos nossos pais, do nossos amigos e até inimigos, e estes devem se sentir confortáveis dentro de nós, pois é o nosso sentimento que emanamos a eles e estes o sentem como se fosse nossa mão a tocar seus rostos, então, iríamos sempre pensar bem no sentimento que construiríamos a base de nossas moradas internas, pois ninguém iria querer que o outro sofresse por nós ou nós por eles.
E por fim, não existiria mais pecado. Pois o mundo estaria tão colorido de sentimentos bons que não haveria mais lugar para encaixar os pecados porque ninguém mais iria cometê-los. O mundo seria a minha obra prima e a paisagem nele desenhado seria tão lindo quanto aquilo de mais lindo que todos sonham em como é o paraíso.
Mas nem eu poderia me vangloriar sobre tudo aquilo que iria desenhar, pois não seria eu, e sim Ele, que nos usa como instrumentos da sua obra divina, porque tudo aquilo que fazemos, é o que traçamos para nós mesmos, e se fazemos o mal, estamos traçando o mal, e mais cedo ou mais tarde, Ele irá cobrar esse mal e nos utilizar para que apaguemos os males cometidos por nós mesmos e consertemos tudo de novo.
Porque nós criamos o mundo infeliz em que vivemos hoje e somente nós poderemos modificá-lo. 
E você... quer ser infeliz até quando?

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